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Um Absurdo Sem Fim

03
Set16

Budapeste

Loís Carvalho

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Hey Pessoal,

           

            Entre Cracóvia e Budapeste há uma pequena cidade na qual vale a pena descer do comboio para passar algumas horas. Apesar do seu tamanho é a capital do país onde se encontra. Falo de Bratislava, na Eslováquia. Não é uma cidade onde, na minha opinião, vale a pena passar mais que uma manhã ou um dia. Cheia de estátuas, igrejas, praças, terminando nas margens do Danúbio, é em tudo muito semelhante a Praga, na vizinha República Checa. Foram as águas do Danúbio que acabaram por me acompanhar na viagem de cerca de três horas que separa Budapeste de Bratislava.

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            Budapeste foi a derradeira, a última paragem desta minha aventura pelo continente europeu. Na verdade não podia ter escolhido melhor. Se há algum tempo atrás diziam que Amesterdão era a Meca dos InteRails, Budapeste está a tomar de assalto esse lugar. É uma cidade que conjuga a história e a cultura, com uma vida nocturna e animação indiscritíveis. Diria que um pouco como a nossa Lisboa, na realidade. Há sítios únicos neste diamante em bruto do leste europeu, como o Castelo de Buda, a Citadela e a sua vista de Peste, o Parlamento, o grande mercado, a ópera e a Praça do Heróis.

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            As próprias ruas contam-nos a história de uma cidade imperial, que os tempos se encarregaram de enriquecer. A quantidade pontes que unem os dois lados desta cidade tornam-na ainda mais incrível, especialmente quando a noite a conquista. Não há nada como um final de tarde na margem do Danúbio, do lado Buda, em frente ao Parlamento. O sol esconde-se, a escuridão sobe e as luzes acendem-se. Uma nova cidade ganha vida nesse momento. As pontes iluminadas, o Castelo, o Parlamento e o Danúbio tornam o ambiente mágico. Mas não é só aqui que a magia acontece durante a noite. A cidade está cheia de vida e turistas, existem bares em todas as esquinas. Por isso, animação não falta na cidade.

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            Budapeste é também conhecida pelas suas termas e, como este era o fim da linha para mim, tinha de as aproveitar. O meu último dia foi passado nos banhos termais Széchenyi. Três piscinas exteriores, uma delas a 38ºC todo ano, e sei lé eu quantas interiores com temperaturas entre os 18ºC e os 40ºC. Saunas, banhos turcos, massagens, spa, restaurante e muitos turistas tornam o ambiente destes banhos algo ótimo para um dia de relaxamento. Foi um dia muito bem passado e de muito descanso depois de duas semana a correr a Europa de Oeste a Este.

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            A verdade é que me apaixonei por uma cidade que antes tinha dito não querer ter muito interesse em conhecer. Foi quase um amor à primeira vista, houve uma sensação estranho no momento que cheguei à estação de Budapeste. Uma sensação de felicidade que mais tarde se comprovou. As pessoas, a vida, a agitação, a história, o ambiente da cidade e os banhos tornaram-na na melhor escolha para terminar esta minha aventura europeia.

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17
Jul16

20 for The Queen

Loís Carvalho

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 Hey Pessoal, 

 

 

            Apesar de estar em Toronto há pouco mais de uma semana, posso afirmar que ainda não fiz nada de muito turístico nesta cidade. A razão pela qual tomei esta decisão é muito simples, para mim viajar não é só conhecer os pontos turísticos de uma cidade, é realmente submergirmo-nos numa cultura diferente, num modo de vida de um outro local. Posso dizer que foi isso o que realizei na última semana, literalmente. O facto de estar com família que vive cá ajudou-me bastante nesse processo, pude acompanhá-los durante algumas partes do seu dia-a-dia e questioná-los imenso sobre as diferenças entre os dois países.

           

        Coisas que todos esperamos e são uma realidade: os carros são automáticos, o tamanho de tudo é maior, desde comida a roupa, passando por edifícios e carros, são simpáticos e educados, existe muita comidSnapchat-2221857610871483365.jpga pré-feita, existem 300 sabores diferentes para a pepsi e a coca-cola, bem como uma considerável quantidade de outros produtos alimentares com que nunca sonhámos. Um Starbucks em cada quarteirão e um Tim Horton’s em cada esquina.  Acima de tudo, não são americanos, apenas adaptaram alguns dos seus hábitos ao seu dia-a-dia.

 

 

            Algo bastante simples e que utilizamos todos os dias e em qualquer parte do dia é o dinheiro. O Canadá tem como unidade monetária o dólar canadiano. Um dólar canadiano é, aproximadamente, cerca de 69 cêntimos. Contudo, os preços que se praticam em algumas coisas no mercado cá não se podem comparar com os preços em Portugal. UIMG_9536.JPGm dos factos engraçados é que as notas são feitas de um material parecido com plástico, o que dá imenso jeito quando estas se molham, ao contrário das notas de euro. As notas de 20 dólares apresentam-nos, nada mais, nada menos, que sua Majestade The Queen e as moedas têm a bandeira ou animais relacionados com o país, como o castor.

 

            Apesar de os portugueses serem vistos como um povo bastante simpático, a verdade é que o somos mais com os estrangeiros do que propriamente entre nós. Deste lado do oceano, independentemente de seres estrangeiro ou local, toda a gente é bastante simpática e muito educada. Existem sempre exceções como em todo lado, contudo, de um modo geral, as pessoas cumprimentam-se e metem conversa sempre com um sorriso e algumas palavras de carinho. Entre “Hey. How are you today?” e “ It’s a lovely day outsider, maybe too much hot for me” aparece sempre um conversa casual como se fossem amigos. Esse facto agradou-me bastante, pois é algo que a mim me faz sentir acolhido.

 

            Existem muito poucas pessoas que se possam dizer canadianas, por uma simples razão. Sendo o Canadá um país com pouco mais de 300 anos de história que teve como base duas grandes nações daquele tempo, Inglaterra e França, é um país onde o Melting Pot e o Salad Bowl são duas teorias demográficas bastante fáceis de identificar. É fácil de ver pessoas de todo o mundo numa cidade como Toronto, ou pelo menos descendentes de pessoas de todo mundo. Muitos deles já nasceram por estas bandas, é um facto, mas continuam a preservar características e tradições dos seus antepassados. Porém, e apesar de toda a mistura que existe, desde europeus, asiáticos, africanos e médio-oriente, todas as pessoas vivem e convivem sem existirem grandes problemas de discriminação ou segregação. Pelo contrário, existe um espírito de respeito e de aprendizagem muito maior.

 

            Devido a toda esta mistura de culturas, as pessoas tendem a ter uma mentalidade muito mais aberta. Vêm as coisas de uma outra perspectiva. A aceitação da vida é feita de uma maneira mais natural. As pessoas são interessantes e importantes por quem são e não rotuladas ou postas de parte por isso. Facilmente se vê, mesmo nas vizinhanças mais ricas da cidade, pessoas de fato de treino a fazer caminhadas ou às compras nos supermercados gourmet. Ao contrário de outros países, não existe uma cultura do “show off”, do “Eu tenho e por isso vou mostrar a todo mundo”.

 

     Para acompanhares de perto a viagem, para aqueles que são adeptos de outras redes sociais, basta seguires o meu instagram ou adicionar-me no snapchat loiscarvalho1.

 

 

 

09
Jul16

Destino: Canadá

Loís Carvalho

Hey Pessoal, 

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              Para começar, dizer que este verão vai ser algo de muito intenso e cheio de novas emoções, sítios e pessoas.

         Por falar em pessoas novas está na altura de conhecerem o meu novo companheiro de viagem, o SAPO. Durante este verão ele irá passear comigo para onde for, tirar fotos, andar pelo snapchat e quem sabe, por algum motivo, escrever no Absurdo. 

            A verdade é que a aventura já começou. Escrevo-vos do outro lado do oceano atlântico, um pouco mais a norte que Portugal, directamente do Canadá, mais propriamente de Toronto. Esta vai ser a minha casa durante as três próximas semana. O que quer dizer que até dia 31 de julho estarei pelas terras das panquecas com maple syrup e do Tim Hortons para vos contar como são as coisas deste lado.

         Saí de Lisboa na passada sexta-feira, dia 8, às 16 horas. O facto de viajar durante a tarde toda alterou um pouco a dinâmica do corpo, pois apesar de a viagem durar cerca de 8 horas, como existe um diferença horária de 5 horas, cheguei aqui eram cerca das 19 horas locais. Significava que para o meu corpo era meia-noite. Apesar de não ser uma pessoa que sofre muito com o chamado “Jet Lag” , o corpo acaba sempre por ressentir o maior número de horas acordado.

     

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 A viagem de avião correu muito bem. É sempre importante trazer algo para nos entretermos, pois 8 horas confinados num espaço reduzido como é um avião pode tornar-se cansativo e maçador. Uma boa playlist, um bom livro, alguns jogos no ipad, um filme ou quem sabe um caderno para escrever e desenhar podem ser sempre boas soluções.

          A chegada ao Canadá e do pouco que já vi e entendi, tudo é um pouco diferente. Desde o controlo da entrada de estrangeiros à própria comida, passando pelas auto-estradas de 9 vias de trânsito em cada sentido e a construção das casas, existe muito pouca coisa que se assemelhe ao nosso Portugal. E isso é bom. O diferente torna tudo mais interessante.

         Como não podia deixar de ser, o sapo e eu queríamos algumas recordações desta grande viagem transatlântica, por isso deixo-vos aqui algumas fotos que tirámos com a tripulação de bordo do nosso avião.

 

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02
Jul16

Da Buraka para o Mundo: É Globaile!

Loís Carvalho
 
Hey Pessoal,
Buraka Som Sistema (2014)
 
        
       Na sexta-feira passada, dia 1 de julho, deu-se a primeira edição do Globaile nos jardins daTorre de Belém, em Lisboa. Um evento tão ansiado e esperado por muitos, pois marcou aquilo que será um possível “fim” dos Buraka Som Sistema.
           
 
          Eram 17 horas quando arrancou esta festa do multiculturalismo pensada por Branko, Riot, Conductor, KAlaf eBlaya e que todos esperam que se possa repetir anualmente, de maneira acelebrar uma Lisboa internacional e multicultural. Durante o fim de tarde e início da noite, passaram pelo palco nomes como Batuk, os peruanos Dengue DengueDengue, o brasileiro MC Bin Laden, Dotorado Pro e Kking Kong.
(Foto Marta Ribeiro/musicfest.pt)



            Estava quase na horado momento da noite. 22 horas  e o iníciodo, ainda muito questionado, fim tinha início. Durante as duas próximas horas ninguém se quis lembrar que esta poderia ser a última vez que os Buraka subiriam ao palco. Uma viagem mítica de 10 anos, entre Lisboa e Luanda com um pouco dos quatro cantos do mundo a entrar em jogo também. Temas como “Yah”, “Soundof Kuduro”, “Aqui para vocês”, “Voodoo Love”, “Kalembaa (Wegue Wegue)” com a participação de PongoLove, “Vuvuzela” e “Stoopid” levaram ao rubro as quase catorze mil pessoas que se juntaram para prestar homenagem a uma das bandas mais importantes da actualidade portuguesa. A energia, a música, a vibração e o power foi algo que os Buraka, ao longo destes dez grandes de carreira, não perderam e foram melhorando cada vez mais.
(Foto Paulo Spranger/Global Images)

 
            O público que sejuntou ali, ao contrário que muitos podiam imaginar, era o mais variado possível.Desde os que apanharam o comboio na Damaia/Amadora aos turistas do norte deste velho continente, passando por americanos, chineses, angolanos, moçambicanos, indianos e até algumas avós portuguesas, era possível perceber que o sentido do Globaile realmente tinha acontecido.
            O sítio escolhido para terminar este mês das Festas de Lisboa não podia ter sido o mais indicado. A Torre de Belém, local que relembra um Portugal e uma Lisboa outrora gloriosos, recebem aquilo que tornou, e tornará de novo, este país glorioso. Uma nova Lisboa de novas pessoas, novas línguas, novas cores, novas opções. Uma nova Lisboa cheia de vida e de cultura. Uma Lisboa em transformação.
 
Até já Buraka Som Sistema.

 

 
Isto é Luanda. Isto é Lisboa. Isto é Znobia. Isto será sempre Buraka!

 

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Loís Carvalho, 21 anos, Mundo. Existe um sem fim de sítios onde ir, pessoas por conhecer, vidas para viver, sonhos para alcançar, mundos por descobrir.

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