Nos últimos dias tenho ouvido falar imenso de Maria Barros, a aluna que depois de não entrar na faculdade de medicina por 3 décimas decidiu enviar uma carta aberta ao senhor Presidente da República. Li a tal carta, os comentários no facebook a apoiar a rapariga e outros nem tanto, li textos de imensas pessoas a mostrar o seu ponto de vista e até mesmo o bastonário da ordem dos médicos se decidiu pronunciar sobre o tema.
A verdade, é que eu também já fui a Maria Barros. No ano passado, não entrei em medicina dentária por 4 décimas e este ano medicina também não me ficou muito longe, (contudo, já não era o que realmente queria). Sei o que é receber um e-mail a dizer não colocado, sei o quão agridoces são as horas seguintes. Sentir que todo o trabalho que tivemos não foi recompensado e vemos o chão ser-nos arrancado em meros segundos. Ficamos sem saber qual é o próximo passo a dar, pois a revolta interior é tão grande que achamos que o universo conspira contra nós.
Existem certos pontos que para mim eram compreensíveis, como por exemplo, o porquê de não se aumentar o número de vagas. Sei as condições em que alguns dos nossos jovens médicos estão a ser treinados, com vários estagiários para apenas um médico, o caso dos médicos indiferenciados e a má distribuição de profissionais. Aumentar as vagas apenas traria mais caos ao SNS e ao ensino superior do que melhorias.
A diferença entre mim e a Maria é que percebi que não vale a pena desistir. É óbvio, e estaria a mentir se dissesse o contrário, também eu pensei em estudar no estrangeiro. Espanha, Irlanda, República Checa e Canadá foram alguns dos países que me passaram pela cabeça. Mas, nenhum deles era Portugal. Sim, o país podia não me ter dado a oportunidade, mas eu não desisti dele. Tenho a sorte de viver num país onde o ensino superior é "acessível" e de boa qualidade, caso contrário não seríamos reconhecidos lá fora da maneira que somos. Eu decidi parar um ano e tentar melhorar as minhas provas de ingresso, porque se os outros conseguiam ter aquelas notas eu também teria de conseguir e iria lutar para isso.
Na realidade, Maria, não foi Portugal que desistiu de ti. És tu quem está a desistir de Portugal. És tu que não te estás a lembrar que com 18 anos temos uma longa vida pela frente e não dás mais uma oportunidade a ti mesma. Preferes um caminho mais fácil e ir para um sítio onde te reconhecem agora, eu entendo. Contudo, fui ensinado que muitas vezes o caminho mais difícil e trabalhoso é aquele que nos trará mais felicidade e reconhecimento. No meu caso, depois de ter parado um ano percebi que a minha vida já não seria num hospital, já não queria isso para mim. Talvez não entrar fosse um sinal para pensar melhor e é com muito orgulho que hoje digo que sou estudante Relações Internacionais do ISCSP.
Eu não desisti do meu país e tu, Maria, vais desistir à primeira?
Chegar ao terceiro ponto de paragem desta minha viagem foi uma grande aventura. O comboio que me levava de Praga para Ostrava, uma pequena vila na fronteira entre República Checa e a Polónia, atrasou-se, o que me fez perder o comboio que me levaria a Katowice. Como devem imaginar, lá estava eu numa pequena estação de comboios, tentando trocar o meu bilhete para o próximo comboio sem que a vendedora entendesse o que eu estava a dizer. Durante alguns minutos eu tentava explicar-lhe o que se tinha passado em inglês e ela respondia-me em checo. Tive a sorte de aparecer uma jovem que acabou por traduzir aquela pequena conversação para que pudesse seguir viagem. Chegado a Katowice era tempo de apanhar o comboio regional que me levaria a Cracóvia. Posso afirmar que, apesar de a viagem durar cerca de duas horas e quinze minutos e haver um comboio que a faz em apenas uma hora e meia, não a trocaria por nada.
Era final do dia, depois de um dia longo em comboios fechados, fazer uma viagem de comboio com a janela meia aberta, a ver o pôr-do-sol tornou aquela viagem a melhor de todo o interrail. Foi momento que decerto me vou lembrar para sempre.
Cracóvia é uma cidade cheia de história e de vida. Ao contrário do que pensava, está cada vez mais cheia turistas e é fácil de perceber o motivo. A cidade foi construída em volta da Rynek Glówny, praça principal da cidade antiga, local onde fica a torre da câmara municipal, a Igreja de Santa Maria e o Sukiennice, um mercado renascentista que ainda nos dias de hoje serve para o efeito que foi construído. Tanto de dia como de noite as esplanadas desta praça estão cheias de turistas e há vendedores de flores, souvenirs e comida um pouco por todo lado.
Atravessando a praça da cidade antiga e subindo uma pequena colina é possível visitar o Castelo real de Wawel. Os castelos do lado mais oriental da Europa são muito diferentes daquilo que nós, portugueses, muitas vezes temos em mente. Existe uma basílica no seu interior, bem como o palácio real e a gruta do dragão. Segundo a lenda, em tempos um dragão andava a fazer desparecer os animais e os moradores da região. Nenhum dos cavaleiros mais valentes do reino conseguia matar este monstro e por isso o rei prometeu que quem o conseguisse casaria com a sua filha. Para espanto de todos, foi um fraco aprendiz de sapateiro com a ajudada de um “carneiro explosivo” que acabou com este monstro. No sopé do monte, junto ao rio Wista, é possível ver uma escultura de um dragão que cospe fogo, bem como visitar a gruta do dragão por debaixo do castelo.
Não muito longe do castelo fica o quarteirão judeu. Local onde durante a segunda guerra mundial foi construído o gueto da cidade para os judeus. Um local cheio de história, com locais a não perder como a sinagoga antiga ou antigo cemitério judeu.
Atravessando o rio, e depois de alguns minutos a caminhar, encontramos um dos locais mais importantes da cidade, a fábrica de Oskar Schindler. A fábrica que este senhor usou como fachada para salvar milhar de judeus das mãos do regime nazi já não existe em completo, apenas a fachada e os portões da mesma. Nesse local podemos visitar o museu de arte contemporânea de Cracóvia e uma exposição sobre a cidade de Cracóvia e os judeus que ali moravam durante a segunda guerra mundial. Da fábrica original apenas é possível visitar o escritório de Schindler e ver algumas das panelas e outros utensílios de metal que ali eram fabricados durante aquele tempo.
Cracóvia surpreendeu-me pela sua vida. O motivo que me trouxe a esta cidade polaca foi a sua importância na história do século passado. As jornadas mundiais da juventude realizaram-se nesta cidade no final do mês passado, mas continuam bastante presentes um pouco por todo lado. Ao contrário do que outras pessoas me tinham dito, os polacos foram uma grande surpresa para mim. Apesar de serem muito conservadores e protectores da sua cultura, um pouco devido aos acontecimentos históricos a que o seu país tem sido sujeito, são um povo simpático, comunicativo e bastante prestável.
Quando se faz um interrail existem várias coisas que são indispensáveis, alguma paciência, umas boas horas de música no telemóvel ou tablet e um bom livro. A viagem de Paris para a segunda paragem nesta minha aventura demorou cerca de doze horas e trinta minutos com duas mudanças de comboio feitas ao estilo de atletismo, 200 metros mochila às costas e ao peito para não perder o comboio. Na verdade, foi uma maneira de entrar no espírito olímpico que se vive do outro lado do mundo. Eram cerca de 23 horas quando cheguei a uma Praga deserta, fria e um pouco húmida. A primeira impressão que causou não foi a melhor contudo, e tal como Paris, nunca nos devemos prender às primeiras impressões quando embarcamos numa viagem sem rumo.
Bom, primeira coisa a estabelecer sobre Praga, não é uma cidade muito grande. Tudo é perto. O meu hostel era junto ao Národní muzeum, museu nacional em checo que se encontra em obras de remodelação e, por isso, encerrado ao público. Na frente deste museu encontramos a Václavské námesti, uma das avenidas mais importantes de Praga e que nos leva ao centro histórico desta cidade. É na praça da cidade velha que esta cidade se começa a revelar. O famoso relógio astronómico, Orloj, que conta com mais de 600 anos de funcionamento, é a principal atração neste local. Este relógio não só informa a hora exata em Praga, como também os signos e a posição do sol e da lua durante o dia. Encontra-se na fachada da torre da antiga câmara municipal. Contudo, o segredo mais incrível desta torre, pelo menos para mim, não se encontra na fachada, mas sim no seu topo. Por cerca de 130 Coroas Checas, ou seja, quatro euros e oitenta cêntimos, é possível subir ao topo da torre e desfrutar de incrível vista da cidade. Apaixonados por miradouros com ótimas vistas, como eu, não podem perder este. Garanto que não se vão arrepender. Dalí de cima começa-se a perceber que a arquitetura da cidade nada tem a ver com as cidades mais ocidentais da Europa, nem mesmo o castelo.
A praça da cidade velha é só o início de uma grande aula de história. Caminhando alguns metros, encontramos a igreja Mathy Bozi pried Tynem. O edifício mais impressionante do estilo gótico em Praga, construído entre o século XIV e XVI. Encontrar o acesso a esta igreja é uma tarefa para os mais pacientes e por isso não vou revelar mais nenhum detalhe sobre esse assunto. A zona a norte da praça é conhecida por ser o bairro judeu. Com cerca de seis sinagogas e um cemitério neste bairro possíveis de visitar, é uma zona a não perder na cidade.
A República Checa é conhecida pelos seus músicos e é no Rodolfinum que se encontra a sede da Filarmónica Checa. Sendo este edifício depois do bairro judeu e junto ao rio, nada melhor que seguir junto ao mesmo até à Ponte de Carlos, um dos símbolos da cidade. Construída no século XIV, esta ponte alberga, atualmente, não só as centenárias esculturas religiosas como também inúmeros caricaturistas e vendedores ambulantes. É através dela que se atravessa da cidade velha para a zona do castelo.
Um castelo, em qualquer lugar do mundo, é construído num local alto e de boa visibilidade. O castelo de Praga não é excepção. É necessário ter alguma energia para subir uma colina cheia de turistas e pequenas lojas de comida e souvenirs. Atualmente, o castelo é a "casa" do presidente, mas desde o século IX que ali habitam reis e presidentes. Decidi não entrar dentro do palácio, fiquei-me apenas pelas muralhas e jardins. Alguns deles com vistas surpreendentes para a cidade. Para os mais corajosos, na montanha ao lado do castelo existe um labirinto de espelhos e uma torre de observação da cidade. Deste lado do rio é também obrigatório parar pelo mural dedicado a John Lennon, pelo museu Frank Kafka e na rua mais estreita de Praga, Certovka, que, na realidade, não passa de um acesso a um restaurante na margem do rio Vltava.
Contudo, a magia de Praga é apenas perceptível quando o sol se põem e as luzes se acendem. A ponte de Carlos e o Castelo quando a noite cai ficam incríveis fundos de postais. São fotos imperdíveis quando se visita esta capacitar europeia.
O verdadeiro encanto de Praga não está apenas nos monumentos nacionais, mas sim em todos os prédios que por ali encontramos. Todos eles contam parte da história da cidade, bem como enchem os olhos de qualquer um com a sua decoração. É fácil encontrar prédios com estátuas, esculturas ou pinturas, restos de um regime comunista ou uma guerra nas suas fachadas e foi esse pormenor que me encantou nesta cidade O simples facto de andar pelas ruas na cidade já se torna uma experiência extremamente enriquecedora. Uma ótima cidade para nos perdermos por entre ruas, becos e pátios escondidos. Os checos são pessoas um pouco frias e sisudas até. É difícil quebrar o gelo com eles, mas, ao contrário dos franceses, estes esforçam-se para ajudar e comunicar com as pessoas. A visita a Praga foi de apenas um dia, tal como Paris. Não diria que me apaixonei por esta cidade checa, digo que deixou algum mistério e um grande ensinamento, o nosso passado como nação pode efluênciar-nos como pessoas. A aventura continua por uma Europa desconhecida e cheia de surpresas...
A minha primeira paragem deste interrail foi Paris, a cidade da luz. Com apenas um dia para ver o mais possível desta tão grande cidade sabia que tinha de acordar cedo. Contudo, depois de uma noite e um dia em viagem de comboio, onde os bancos, apesar de confortáveis, não se comparam com uma boa cama, o corpo ganhou e acabei por apenas me levantar às 9:45. Foi tomar o pequeno almoço e arrancar à descoberta.
Primeiro grande ponto turístico a visitar no meu plano era Torre Eiffel. Visitar Paris e não ver a Torre Eiffel, para além de ser quase impossível, é o mesmo que ir a Roma e não ver o Papa. A minha sugestão é ir pelo metro até ao Trocadéro e observá-la do grande terraço do Palais de Chailot. Como este se encontra um pouco mais alto que a base da torre a vista é magnífica e éum bom local para umas quantas fotos deste monumento. Descendo a escadaria do palácio está-se à distância de atravessar o Sena para nos encontrarmos debaixo da torre. Todavia, isso é mais difícil atualmente, pois existe um grande controlo de acesso, com direito a revista e tudo. Não subi à torre,deixei estar os pés bem aceites na terra e a trabalhar caminhando pelo Champ de Mars até chegar à Ecolé Militaire. Segui até ao museu do exército com a sua majestosa cúpula dourada, e, através da rua à sua direita, Blvd Des Invalides , cheguei à margem do Sena.
A minha paixão por água levou-me a deixar que o rio me guiasse pela cidade, apesar de estar a caminha contra a sua corrente. Nas margens deste rio fui observando a arquitetura desta cidade, que em nada se parece com qualquer cidade portuguesa. Na realidade é um pouco cinzenta demais para mim. Para além de todos os edifícios normais da cidade é possível observar alguns de maior importância nesta caminhada até à Íle de la Cité, a Assemblée Nationale, o Palais Grand, a Place de la Concorde, onde se encontra o obelisco egípcio, o Musée d'Orsay, o Jardin des Tulieries e o Louvre. Fui até à Íle de la Cité para visitar a Catedral de Notre Dame. Um conselho, apesar de haver uma longa fila para entrar na catedral, vale a pena esperar 20 minutos para observar o seu interior. Principalmente os vitrais da mesmas.
Recuei um pouco até ao Louvre, lugar que não podia faltar nesta minha visita. Foram duas horas de imersão cultural extrema, desde gregos a romanos, italianos, franceses, espanhóis. Arte de todo mundo, ali naquela palácio. Óbvio que, apesar das incríveis salas originais do palácio que foram preservadas como se ainda Napoleão III ou Marie Antoinette lá vivessem, é a obra de Leonardo Da Vinci, Mona Lisa, que atrai mais turistas. Como se fosse um íman onde dezenas de pessoas se amontoam e acotovelam pela melhor foto. Outras obras, como a Vénus de Milo, fazem também parte do espólio deste museu.
Depois do Louvre era tempo de visitar algo que começou em Paris e neste momento há em todo mundo, o Ritz Hotel. Apesar de não ser um ponto turístico no mapa, podem crer que vale muito a pena os 20 minutos que se "perdem" ali. Segui até à Ópera de Paris onde apanhei o metro até a um dos melhores miradouros da cidade, a Basilique du Sacré-Cœur. Depois de um dia a andar, avistar a escadaria que me levaria ao topo levou-me a pensar duas vezes se a subiria. Mas, já que estava ali tão perto não queria morrer na praia. E não me arrependo nada desse esforço. Não sei se foi Non, Je Ne Regrette Rien ou La Vie En Rose que tocava na coluna de um artista de rua que ali se encontrava ou se foi a luz que a cidade tinha neste final de tarde, apenas posso dizer que foi uma imagem incrível e que ficará na minha memória para sempre. Troquei dois dedos de conversa com um belga que estava ao meu lado a ver aquele quadro magnífico e a opinião era igual. Com a noite quase a cair, ainda houve tempo para uma visita rápida ao Moulin Rouge e o seu moinho vermelho. E assim terminava o meu dia em Paris.
Ao contrário da grande maioria das pessoas, nunca fui um grande apreciador de Paris, contudo, tinha de lhe dar uma segunda oportunidade. Continuo a não ser o seu maior fã, apesar de toda a luz que tem à noite, durante o dia é cinzenta devido aos seus prédios. Todavia, esta conquistou um pouco mais de mim com aquela vista do Sacré-Cœur. Das maiores dificuldades que tive na cidade é a comunicação, como bons franceses que os parisienses são, poucos são aqueles que se esforçam para falar inglês, mesmo numa cidade tão turística. Estive cerca de 15 minutos para que encontrassem alguém que falasse inglês nas vendas da estação de Montparnasse. Outro aspeto bastante notável na cidade é o decréscimo de turismo e a forte presença militar. Não com toda a certeza, mas parece-me que a nossa capital está a ficar mais turística que Paris. E depois do que aconteceu em Novembro do ano passado, entendo o porque de revistarem as malas e as pessoas em todo lado e o facto de haver militares armados a patrulhar as ruas. Já estou conhecer uma outra paragem, mas essa só saberão qual é na próxima publicação. Quer dizer, se já não me seguirem no Instagram, loisthings, ou no Snapchat, loiscarvalho1. (Prometo que no final da viagem haverá uma publicação para cada cidade só com fotografias)
Os dias de turista começaram! Toronto é uma cidade cheia de sítios para visitar e, depois de uma semana de descanso, lá pus a mala às costas e a máquina fotográfica na mão e fui “turistar” um pouco a cidade. Claro que não fui sozinho, o meu companheiro de viagem SAPO tem sido a minha maior companhia nos últimos tempos.
Ripley’s Aquarium of Canada
O Ripley’s foi o meu primeiro destino na cidade de Toronto. Sou um apaixonado por animais, mais ainda pela vida marinha e, por esse motivo, não podia deixar passar mais um aquário no meu currículo. Este aquário, que abriu portas há cerca de 3 anos, apresenta-nos um pouco de todos os animais que existem não só em águas canadianas, como um pouco por todo o mundo. Dividido em 8 partes com temas diferentes, existem dois que chamam à atenção de qualquer visitante deste aquário, o The Dangerous Lagoon e The Planet Jellies. No The Dangerous Lagoon os visitantes são convidado a entrar num túnel subaquático com uma passadeira rolante de onde podem observar diversas espécies dos famosos tubarões. Existem mesmo avisos para que as pessoas façam sharkselfies e as partilhem com os amigos. Por outro lado, o The Planet Jellies traz até nós um aquário que vai alternando a sua cor de fundo com 5 espécies diferentes de medusas. Este efeito de alternância de cores faz com que as medusas se tornem animais ainda mais mágicos, interessantes e misteriosos.
The CN Tower
A melhor vista aérea que a cidade nos pode dar de si mesma. A verdade é mesmo esta, com 533 metros de altura e um restaurante com uma vista de 360º a 350 metros de altura no seu interior, fazem deste símbolo icónico de Toronto uma das melhores maneiras de observar a cidade, um pouco dos seus arredores e o lago Ontário. Tive o enorme prazer de jantar no restaurante que esta torre alberga e recomendo a todos que tenham oportunidade que o façam.
Podemos dizer que, literalmente, este restaurante não está quieto. Ele roda. À medida que se pode disfrutar de um ótimo jantar pode-se desfrutar de uma vista ainda melhor. O nome 360º vem desse mesmo facto, são 360º de contemplação para uma das cidades mais verde e mais bonita que já visitei. É preciso cerca de 1 minuto para ir da base da torre até ao restaurante e este demora cerca de 72 minutos a dar uma volta completa. É necessário reservar mesa online para que possa desfrutar de uma maravilhosa refeição e vista neste local.
Butterfly Conservatory
Com cerca de 2000 borboletas, de 45 espécies diferentes, a voar livremente numa gaiola gigante que mais nos parece uma floresta tropical é assim que Butterfly Conservatory se apresenta. Um local mágico, cheio de vida e de cor, em que, em qualquer momento, nos pode poisar uma magnífica borboleta na roupa, mala e, quem sabe, na cabeça. Um local peculiar, contudo muito interessante devido à variedade e quantidade de borboletas que nos apresenta. O próprio do meu companheiro de viagem decidiu fazer algumas amigas enquanto andámos por lá perdidos.
O Butterfly Conservatory faz parte do Niagara Parks que se encontra a cerca de 1 hora e 30 minutos de viagem de Toronto.
Niagara Falls
As cataratas que sempre sonhei visitar e finalmente isso aconteceu. Não vou mentir, a ideia que tinha é muito diferente da realidade. Não existe uma, mas sim duas quedas de água, a American Fall e a Canadian Fall. Desculpem-me os americanos, mas a que se encontra do lado canadiano é sem dúvida muito mais bonita. Na realidade, para poder apreciar ambas as cataratas a melhor maneira é fazê-lo do lado canadiano. É um local mágico onde o rio Niagara cai livremente por uma altura de 51 metros e transforma-se na fronteira entre dois países, USA e Canadá. Na verdade, os Estados Unidos são já ali, à distância de uma ponte. Existe um constante queda de “chuva” e é possível aproximar-se das cataratas através de cruzeiros que são realizados no rio.
O som que é produzido naquele local é fascinante, são milhares de litros de água a cair ao mesmo tempo. Um arco-íris sempre no ar, devido à humidade existente, torna o local ainda mais mágico e relaxante.
A poucos quilómetros deste local, existe uma pequena vila chamada Niagara-on-the-lake onde se podem ver as típicas casas destas bandas, bem como a zona de comércio da cidade mantêm características do início do século passado.
Apesar de estar em Toronto há pouco mais de uma semana, posso afirmar que ainda não fiz nada de muito turístico nesta cidade. A razão pela qual tomei esta decisão é muito simples, para mim viajar não é só conhecer os pontos turísticos de uma cidade, é realmente submergirmo-nos numa cultura diferente, num modo de vida de um outro local. Posso dizer que foi isso o que realizei na última semana, literalmente. O facto de estar com família que vive cá ajudou-me bastante nesse processo, pude acompanhá-los durante algumas partes do seu dia-a-dia e questioná-los imenso sobre as diferenças entre os dois países.
Coisas que todos esperamos e são uma realidade: os carros são automáticos, o tamanho de tudo é maior, desde comida a roupa, passando por edifícios e carros, são simpáticos e educados, existe muita comida pré-feita, existem 300 sabores diferentes para a pepsi e a coca-cola, bem como uma considerável quantidade de outros produtos alimentares com que nunca sonhámos. Um Starbucks em cada quarteirão e um Tim Horton’s em cada esquina. Acima de tudo, não são americanos, apenas adaptaram alguns dos seus hábitos ao seu dia-a-dia.
Algo bastante simples e que utilizamos todos os dias e em qualquer parte do dia é o dinheiro. O Canadá tem como unidade monetária o dólar canadiano. Um dólar canadiano é, aproximadamente, cerca de 69 cêntimos. Contudo, os preços que se praticam em algumas coisas no mercado cá não se podem comparar com os preços em Portugal. Um dos factos engraçados é que as notas são feitas de um material parecido com plástico, o que dá imenso jeito quando estas se molham, ao contrário das notas de euro. As notas de 20 dólares apresentam-nos, nada mais, nada menos, que sua Majestade The Queen e as moedas têm a bandeira ou animais relacionados com o país, como o castor.
Apesar de os portugueses serem vistos como um povo bastante simpático, a verdade é que o somos mais com os estrangeiros do que propriamente entre nós. Deste lado do oceano, independentemente de seres estrangeiro ou local, toda a gente é bastante simpática e muito educada. Existem sempre exceções como em todo lado, contudo, de um modo geral, as pessoas cumprimentam-se e metem conversa sempre com um sorriso e algumas palavras de carinho. Entre “Hey. How are you today?” e “ It’s a lovely day outsider, maybe too much hot for me” aparece sempre um conversa casual como se fossem amigos. Esse facto agradou-me bastante, pois é algo que a mim me faz sentir acolhido.
Existem muito poucas pessoas que se possam dizer canadianas, por uma simples razão. Sendo o Canadá um país com pouco mais de 300 anos de história que teve como base duas grandes nações daquele tempo, Inglaterra e França, é um país onde o Melting Pot e o Salad Bowl são duas teorias demográficas bastante fáceis de identificar. É fácil de ver pessoas de todo o mundo numa cidade como Toronto, ou pelo menos descendentes de pessoas de todo mundo. Muitos deles já nasceram por estas bandas, é um facto, mas continuam a preservar características e tradições dos seus antepassados. Porém, e apesar de toda a mistura que existe, desde europeus, asiáticos, africanos e médio-oriente, todas as pessoas vivem e convivem sem existirem grandes problemas de discriminação ou segregação. Pelo contrário, existe um espírito de respeito e de aprendizagem muito maior.
Devido a toda esta mistura de culturas, as pessoas tendem a ter uma mentalidade muito mais aberta. Vêm as coisas de uma outra perspectiva. A aceitação da vida é feita de uma maneira mais natural. As pessoas são interessantes e importantes por quem são e não rotuladas ou postas de parte por isso. Facilmente se vê, mesmo nas vizinhanças mais ricas da cidade, pessoas de fato de treino a fazer caminhadas ou às compras nos supermercados gourmet. Ao contrário de outros países, não existe uma cultura do “show off”, do “Eu tenho e por isso vou mostrar a todo mundo”.
Para acompanhares de perto a viagem, para aqueles que são adeptos de outras redes sociais, basta seguires o meu instagram ou adicionar-me no snapchat loiscarvalho1.
Como muitos devem saber, esta quinta-feira arrancou mais uma edição do festival RockIn Rio. Esta que já é a 7ª edição em solo nacional, contando com mais umas tantas em solo brasileiro, espanhol e americano. Um festival com 30 anos de história onde a juventude e a boa música emerge em cada passo que damos pelo parque da Bela Vista.
Não pude estar presente no primeiro dia de festival, onde o “Boss”, Bruce Springsteen e os nossos Xutos tiveram o prazer de abrir este certame. Já ao dia 20 não poderia faltar. Todos os palcos apresentavam artistas para que fosse “O Dia”. Começando pelo palco Vodafone, onde bandas como Pista e Boogarins deram ao público um ótimo arranque para a festa que se iria perlongar até altas horas da madrugada. A banda que mais me surpreendeu ao pisar este palco, e desculpem-me as outras duas, foram os incríveis Sensible Soccers. Com a sua onda descontraída, num fim de tarde de um dia magnífico, céu mais azul que nunca,uma vista para Alvalade, um fino e a sua música foram as condições mais do que ideais para que tudo estivesse pronto para a abertura do palco mundo. Espero um dia poder assistir a um concerto, desta vez não no palco Vodafone, mas sim no palco mundo, lugar que não ficariam nada mal.
Fergie (Foto: Rita Carmo/Blitz)
Fergie encheu a bela vista de sensualidade e foi bastante arrojada. Um concerto com trêsfases bastante demarcadas, começando na pop - onde soaram hits como “Fergilicious” e “Big Girls Don’tCry”-, seguindo-se o rock – com “Barracuda”, “Start Me Up” e ainda direito auma homenagem a Prince -. A atuação terminou transformando o vale da zona do palco Mundo numa autêntica discoteca ao ar livre, ouvindo-se temas de Black EyedPeas, num medley que levou o público português à loucura.
Terminadoo concerto de Fergie, chegou até ao público português aquela que seria a grande surpresa da noite. É verdade que este já tinha provado que era um verdadeiro “Showman” e a sua atuação neste festival veio marcar essa sua posição no mundo do espectáculo.Estou a falar de Mika, este artista pop de origem libanesa que, apesar de não estar a passar nas rádios nos últimos tempos, ainda sabe contagiar um público difícil e arrebatar com todas a as espectativas. A cor, a energia, o brilho e aincrível voz de Mika foram os grandes atributos que fixaram quase todo o parque no palco Mundo, mesmo aqueles que não estavam com intenções de assistir a este concerto. Depois de cantar o seu grande tema “Lollipop”, chamou ao palco dois convidados muito especiais para o povo português, neste caso pai e filho. Família que conheceu na noite anterior apenas, todavia sabia que seria incrível para o seu espectáculo. É então que toda a Bela Vista, diria Lisboa inteira e quem sabe o país, faz silêncio,apenas se ouvia o dedilhar da guitarra portuguesa e a voz de Mika. Entoando uma música que escreveu aos seus 16 anos, já um pouco embriagado, mas que apenas lhe faltava estar a cantar português para ser nossa, para ser o nosso Fado. Na mais humilde sinceridade de português que sou, senti que Mika sentiu aquele tão nosso sentimento enquanto entoava aquela música, aquela saudade. Ainda se arriscou em alguns versos de “Meu Fado, Meu fado” pelo qual recebeu uma grande ovação do público presente. No tema “Underwater” o parque da bela vista tornou-se um pequeno céu estrelado quando Mika pediu para que todos erguessem os seus telemóveis. Terminando o concerto ao som de “Love Today”, resgatando a artista Mariza dos bastidores e pedindo para que todo o público saltasse e dançasse uma última vez.
Mika (Foto: Agência Zero)
Era chegada a grande hora e depois de meia hora de atraso lá apareceu a banda britânica Queen e Adam Lambert. Tal como Adam Lambert proferiu “Apenas existe um Freddie Mercury” e disso ninguém teve dúvidas. Apesar desta ser uma tarefa arriscada e de o próprio o a reconhecer, Adam agradeceu ao público o facto de o deixarem ter o privilégio de realizar aquela homenagem ao grande Freddie. Uma verdade seja dita, Adam não é Freddie, nunca o será. Apesar da sua grande capacidade e ginástica vocal, para um verdadeiro fã de Queen, nunca será o mesmo, falta-lhe a alma, o fervilhar do sangue.
Bryan May (Foto: Rita Carmo/Blitz)
Digamos que este concerto foi um concerto de homenagem e de celebração a Freddie Mercury e aos Queen, bem como uma viagem no tempo por grandes êxitos. Começando por “I want to Break Free”, passando por o momento o emocionante momento em que Brian May cantou a solo “Love of My Life” e encerrando o concerto com temas como “The Show Must Go On”, “Bohemian Rhapsody” “Under Pressure”, “We Will Rock You” e “We Are the Champions”.
Dj Vibe
O palco Mundo podia ter terminado por aqui, mas do outro lado da colina a electrónica apenas estava aganhar folgo. Cheguei mesmo a tempo de assistir ao set do grande português DjVibe que soube animar o público, pôs toda gente a dançar e aqueceu o ambiente para o grande cabeça de cartaz daquele palco, o inglês Carl Cox. Se o ambientejá estava ao rubro, quando Cox subiu ao palco a multidão entrou em êxtase. Foidançar quase até ser de manhã. A energia, o espectáculo visual e a batida alucinante encerraram aquela que foi a noite no Rock In Rio’16.
Depois de algum tempo de interregno, como é costume nas minhas publicações, volto ao trabalho. Desta vez para vos contar a história de alguém que conheci pelas ruas de Lisboa.
Era mais um dia para me perder por Lisboa, o sol e o calor já começavam a chegar e, então, decidi ir ao miradouro da Senhora do Monte para desfrutar da minha vista preferida da cidade. Lá encontrei o Kevin,à primeira vista talvez me passasse despercebido é verdade, mas com o decorrer do tempo fiquei colado ao seu trabalho. Para muitos, apenas mais um artista derua, para mim, um verdadeiro artista. Decidi meter conversa com ele para perceber como veio parar aquele local.
O Kevin é um artista espanhol, vindo de Vigo, na Galiza, com 22 anos e já meio mundo no bolso. Digamos que é um muralista sempre que pode, pois essa é a sua verdadeira paixão em termos artísticos, e um artista A4 e A3 quando tem de ser. É a primeira vez que pisa solo lisboeta, contudo, confidenciou-me que, apesar de sermos um pouco diferentes dos espanhóis, sente que os dois países têm mais em comum do que as pessoas imaginam. Uma das principais diferenças entre os dois povos é a abertura ao mundo. Os portugueses são pessoas muito abertas, aceitam a vida como é e pouco lhes importa o que os outros pensam sobre eles. Sabem viver e conviver com toda a gente, independentemente da sua origem ou escolhas.
Lisboa tornou-se uma cidade apaixonante para este rapaz, uma vez que adora viajar e esta consegue ser a casa de pessoas de todomundo. Denominou-a mesmo de “Lisboa Policultural”, onde todas as culturas estão presentes e misturadas em bom ambiente. Comentou que nunca o iria encontrar em sítios como chiado ou a baixa, pois esse tipo de aglomerado não são bem a sua onda, gosta de sítios mais amplos e Lisboa tem óptimos miradouros para tal.
Viajar é a sua vida, por vezes, como acontece em Portugal, consegue ficar em casa de amigos, contudo muitas das vezes que viaja por Espanha e pela Europa vai na sua furgoneta acompanhado pelo seu cão e esta passa a ser a sua humilde casa. Sair da sua zona de conforto enriquece-o, assim como o ajuda a crescer artística e criativamente. Raramente escolhe um destino,“deixa-se levar pela maré”, dando-lhe tempo para pensar e aproveitar os momentos que vive a solo. Por vezes encontra situações que nunca pensaria que existissem senão as tivesse vivido, como em Tenerife onde viu pessoas a viverem covas na praia num espécie de vida perdida pelo mundo ou em São Paulo, no Brasil, em que as crianças da favela vivem numa espécie de corda bamba todos os dias, entre a cadeia e a escola.
Depois de já ter passado quase uma hora de conversa, perguntei-lhe o que se via a fazer em 10 anos, uma pregunta da praxe, mas que muitas vezes a resposta é difícil de dar. No caso do Kevin, ele apenas quer estar satisfeito com aquilo que faz, poder ajudar os outros através da sua arte e pintar. Pintar murais pelo mundo com a ajuda das pessoas locais.
Não consegui dizer um até já sem antes comprar um das suas obras de arte, que mudam o tema consoante a cidade onde se encontra, e saber que estará por Lisboa até julho. Quem sabese não o encontrarei por um outro miradouro de Lisboa, quem sabe se não encontrarei numa outra qualquer parte do mundo.
No fim-de-semana passado tive a oportunidade de poder assistir à ModaLisboa FW16/17. Sendo a primeira vez que vou a este evento e a um evento deste tipo, posso afirmar que não me deixou nada arrependido. Vamos ser honestos, muitas das pessoas que vão a este evento apenas vão para se mostrar, para aparecer nas revistas e nos comentários televisivos. Anónimos, como eu, vão para perceber como funciona e para realmente puder observar o trabalho dos criadores portugueses.
LeMoKe
Comecemos pelo Wonder Room, uma pop-up store para cerca de 30 marcas nacionais em ascensão que esteve presente na Praça do Munícipio, durante todo o evento. Todas as marcas presentes têm assinatura portuguesae vão desde o calçado às roupas mais formais, passando pelo swimwear e eyewear.De todas as marcas que pude ver neste espaço destaco duas, uma de calçado, a LeMoKe e outra na vertente mais virada para os acessórios e roupa, DanielaPonto Final. Ambas se destacam pelas cores, materiais e o seu toque de inovação e loucura.
Daniela Ponto Final
Durante a minha estadia no eventotive a oportunidade de ver dois desfiles, Alexandra Moura, que apelidaria de desafiadora, e Miguel Viera, o clássico.
Alexandra Moura surpreendeu-mepela mensagem que transmitiu no espectáculo que produziu. Apesar de não ser uma conhecida minha, gostei da maneira como arriscou e desafiou as leis da diferença de género e fez a plateia questionar-se o que é feminino e masculino,assim como, qual a influência que um género tem no outro.
Foto: Rui Vasco
Foto: Rui Vasco
Já no caso de Miguel Veira, um dos meus estilistas portugueses favoritos, a seguir a Nuno Gama, apostou em looks mais clássicos usando cores como azul, branco, amarelo e preto. O facto de usar laços nos seus modelos agradou-me imenso, pois sou apaixonado por esse acessório. Apostou em lenços para os homens, bastante trabalhados no geral.
Foto: Rui Vasco
Foto:Rui Vasco
Deixo também uma avaliação positiva para a festa de encerramento, realizada no último dia, domingo dia 13,no Lux Frágil. Em que não faltou animação, gente gira e boa música.
Agora já só resta esperar pela próxima edição da ModaLisboa, em Outubro, que nos trará astendências da Primavera/Verão de 2017.
Já passaram cerca de 4meses desde que decidi embarcar nesta aventura de fazer um Gap Year. Não voudizer que foram 4 meses maravilhosos, como tudo na vida existem altos e baixos,momentos em que sabemos que tomámos a decisão certa e outros onde duvidamosdessas nossas decisões. Por vezes é complicado gerir o lado emocional daaventura, mas isso é um tema para outro post. Por já ter passado algum tempo desta loucura, decidi que seria uma óptima altura para partilhar com vocês algumasdicas. Bem, não são bem dicas, talvez ensinamentos a aplicar na nossa vida demodo a torna-la melhor e um pouco mais feliz.
1ªDica: Sorri
Sorriré o primeiro passo para a felicidade. Ao sorrirmos para outra pessoa podemosmelhorar o dia dela e, sem dúvida, melhorar o nosso. Sorri, para umdesconhecido na paragem de autocarro, sorri sozinho na rua, sorri para as pessoasque mais gostas. Vais ver que os dias começam a ter um brilho diferente.
2ªDica: Quebra o gelo
Não esperes que a pessoa queestá sentada à vossa frente no café, um completo estranho, fale primeiro. Todosesperamos que as outras pessoas falem primeiro, é natural, o facto de pensarmoso que os outros nos vão achar loucos leva-nos a isso. Então sê louco, quebra ogelo, sorri e mete conversa. Por vezes a melhores surpresas acontecem emmomentos completamente loucos.
3ªDica: Não programes a tua vida como se fosse algo imutável
Temos tendência, como seres humanos que somosa programar tudo, cada bocadinho da nossa vida. O que vamos fazer, o que vamosdizer e até o que vamos pensar. Pára de programar. Improvisa. Se te apetecemudar, muda. Pensamos que temos de fazer a nossa vida tal e qual como osoutros. Secundário, Universidade, Trabalhar, Viajar, Casar, Viver e por aí emdiante. Mas porque não podes mudar? O que te impede de decidir que hoje vaistomar café com os teus amigos em vez de estudares? Vive um dia de cada vez, massempre com consciência do teu objectivo.
4ªDica: Cria objectivos
Pensa sempre no por quê deestares a fazer algo, qual é o teu objectivo máximo com essa acção. Porexemplo, eu decidi parar um ano em vez de ir para outro curso, tenho de estudarpara melhorar um exame e para isso tenho de estudar. O meu objectivo não éestudar nem entrar em medicina, é liderar uma equipa de cirurgiões no futuro.
5ªDica:Sonha!
Independentemente da tua idade, sonha. Sonharé algo que não nos faz desistir das nossas vidas. É algo intrínseco ao serhumano e nunca penses que és velho demais para sonhares. Podemos concretizar osnossos sonhos quer tenhamos 18, como 98. Nunca penses que são coisasimpossíveis. E não te esqueças, sonhar é gratuito, não paga imposto e melhora arealidade durante alguns momentos.
6ºDica: Aproveita o momento
Existem momentos que vivemos quejamais se irão repetir, quer seja pelas pessoas que lá estavam, pelo sítio,pelo dia, por ti, pela emoção. Aproveita cada momento desses. Todos sabemos aque momentos me refiro, àqueles em que tu sentes que és “infinito” (Desculpem areferência ao The Perks of Being a Wallflower, porém são esses momentos queestou a falar). Grava-os para ti, na tua mente e aproveita-os, não se irão repetirda mesma maneira.
7ªDica: Arrisca
Temos sempre tendência amantermo-nos na nossa pequena bolha da sociedade, a nossa zona de conforto.Arrisca-te a sair dela, rebenta a bolha e conhece o mundo. Vais ver que afinalo mundo lá fora tem algo mais que tu não conhecias.
8ªDica: Perde-te
Quer seja na tua cidade, numlivro, em outra pessoa, nos olhos de um estranho, em ti. Mas promete-me que tevais perder. Perderes-te numa cidade é a melhor maneira de a conheceres e issotranspõe-se para todos os outros exemplos. Contudo muito cuidado, mesmo perdidoarranja maneira de encontrares um caminho.
9ªDica: Diz às pessoas o quantogostas delas
Apesar de ser um cliché, é uma realidade bastante dura.Dizemos muito poucas vezes às pessoas o quanto gostamos delas e, embora achemosque elas o sabem, esta acção tem um poder incrível. Eu era uma pessoa queafirmava não saber o que era saudade, todavia aprendi o que é sentir falta dealguém e nunca lhe ter dito o quanto gostava dela.
10ªDica, a última: Não ligues aoque os outros pensam
Decide por ti e não por aquiloque os outros vão pensar de ti. Vive por ti e não pelos outros. Por vezes écomplicado, não vou dizer que não é. Mas, serás feliz a viver a vida de outro?Se te apetecer fazer um gap year mas os teus pais não acham piada, não tepreocupes. São teus pais, é normal. Querem o melhor para ti, um dia irãoentender. Tu cresceste e eles não querem que isso tenha acontecido, irãoperceber e apoiar-te incondicionalmente.
About me
Loís Carvalho, 21 anos, Mundo. Existe um sem fim de sítios onde ir, pessoas por conhecer, vidas para viver, sonhos para alcançar, mundos por descobrir.