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Um Absurdo Sem Fim

04
Dez15

Amorino, amor pelos gelados

Loís Carvalho
Hey Pesssoal,


      Viver na nossa capital tem coisas maravilhosas. Há sempre sítios novos para ver, teatros, museus, exposições, feiras, restaurantes onde ir e, claro, sobremesas novas para provar. Quem me conhece sabe bem que sou um guloso, mas daqueles assumidos e mesmo muito grande. É incontrolável, qual seria a piada de ir a um novo restaurante e não provar as suas sobremesas? 
      Desta vez, não se tratou de um restaurante, mas sim de uma gelataria. Para mim pouco me importa que seja verão ou inverno, gelados são sempre gelados. Num dos dias em que tive a oportunidade de sair mais cedo do trabalho e  fazia o meu percurso para apanhar o meu querido 202, percebi que a Amorino da rua Garret ainda estava aberta. Ao entrar percebemos logo que vamos ser bem recebidos.  A simpatia e alegria dos funcionários é contagiante, são dos empregados desta área mais felizes, ou pelo menos parecem-no. Um ponto bastante positivo é que apenas pagamos o tamanho do copo/cone, depois podemos escolher todos os sabores que quisermos dos mil e um que nos apresentam. Aconselho um copo médio ou grande para poderem provar um maior número e sabores. Escolhi um copo grande e pedi 7 sabores diferentes, Speculoos, uma mistura de gelado e bolacha, Tiramisú, Café, Stracciatella, Nocciola, Cioccolto Biológico e Ciocolato Amorino. Existem também muitos outros sabores de frutas e mais dois tipos e chocolate de leite. No caso de quem pede um cone, os vários gelados que pedem formaram uma flor, algo bastante artístico e meticuloso, 
          Em relação ao preço/qualidade, tenho a dizer que, apesar de o preço ser um pouco mais alto que em outras gelatarias, a qualidade dos gelados é muito superior, estando bastante adequado. 

29
Set15

...

Loís Carvalho

Noite

     
         Abri a janela do meu quarto naquela triste noite. Senti a aragem gelada a percorrer o meu corpo. Como estava bonito o céu naquela noite, pensei. Limpo,, as estrelas brilhavam mais do que o habitual, pelo menos parecia-me que sim. Era uma noite de setembro, o outono já tinha começado e com ele tinham vindo os dias quentes e as noites frias , as folhas decadentes e a tudo o que dantes era uma manto verde começava agora a ganhar pequenos pontos amarelos, vermelhos e castanhos como se trata-se de algo a apodrecer.
       Olhei de novo a noite. O cheiro a solidão e melancolia que pairava no ar misturava-se com o de um cigarro acabado e fumar. Ao longe conseguia ver a luz tremula de um fraco candeeiro de rua que nada iluminava, pois nada havia para iluminar naquele lugar. 
         A única luz acesa em todo bairro era a que passava além de uma pequena janela de um pequeno quarto. Esse era o meu quarto. Tudo o que eu tinha neste momento encontrava-se aí, perdido entre o cheiro a tinta de caneta e o barulho de uma lágrima a cair no chão. Olhei em redor e percebi como tinha crescido. Como tudo me parecia tão diferente e distante agora. Sentia-me um estranho no meio dos meus próprios pertences. Era como se nada daquilo me pertencesse e eu estivesse a viver a vida de um outro alguém. 
        Quem serei eu?, perguntei-me enquanto observava o ponteiro dos segundos do relógio  de parede. Olhava atentamente para todas aquelas recordações, memórias, vidas que vivi mas que nenhuma foi minha.
            Quem sou eu?, questionei o meu ser interior enquanto acendia outro cigarro. Voltei de novo à janela, fitei o bairro despido onde morava e, então, fixei o olhar nas estrelas. O que haverá lá fora? Não podemos estar sós..., refletia eu entre um bafo de cigarro e o outro. 
             A noite estava gelada. Morta, um pouco talvez, mas quem não estava nessa noite?
           

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Loís Carvalho, 21 anos, Mundo. Existe um sem fim de sítios onde ir, pessoas por conhecer, vidas para viver, sonhos para alcançar, mundos por descobrir.

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